segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Considerações sobre o amor


Parece-me que há uma confusão quanto ao significado do amor. Pessoas dizem amar e em nome desse amor aprisionam, como se fosse possível encarcerar quem se ama, quando amamos incentivamos o ser amado ser ele mesmo e transcender. Pessoas dizem amar e em nome desse amor tentam coibir a liberdade de pensamento, como se fosse possível aprisionar um pensamento, como se fosse lícito impedir quem quer que seja de pensar o que bem quer!
2011 pareceu-me tão promissor e, no entanto as máscaras continuam a disposição. Eu te amo se... Se você não sair com os seus amigos, se você não usar as roupas que não gosto, se você professar a mesma religião que professo. Eu te amo se... Não é nem pode ser amor, posto que amor não é um mercado onde se troca bugigangas.
2011 e a intolerância campeia as consciências e corações. Continuamos dormindo como milênios anos atrás. Falamos de amor e o medimos com a nossa régua, como se fossemos capazes de dimensionar o que ainda pelejamos para sentir.
Sinto tanto não conhecer as palavras corretas para dizer que o amor não dá as mãos à intolerância. Em nome do amor pintam-se quadros tristes, mesquinhos e inumamos, até quando?
Diga-me, qual é o seu papel na formação de um mundo melhor? Achar que o certo é que você pensa? Que o melhor é o que você usa? Que amor é o que você sente?
Meu caro amigo (a), amor não ameaça, não corrompe, não impõe, e eu não sei escrever nada melhor do que já foi dito por Paulo em sua primeira epístola aos coríntios, por isso dedico a todos o melhor conceito de amor que conheço e que acredito que se pelo menos tentássemos nortear o nosso amor pelo dele, com certeza o mundo já seria melhor.
Abaixo segue trecho da 1ª epístola aos Coríntios:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso se aproveitará.
O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando, porém vier o que é perfeito, o que então é em parte, será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como um menino sentia como menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como um espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor. Estes três. Porém o maior deles é o Amor".


Com o mais profundo desejo de que você seja feliz,
Com muito carinho,
Sandra Cristina L. Miranda

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