quarta-feira, 30 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
Poemou...Universo Alberto Caeiro
UNIVERSO
O seu universo é o mundo visível
VII
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo. . .
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura. . .
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
s. d.
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa
e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993): 32
http://multipessoa.net/labirinto/alberto-caeiro/6
sexta-feira, 25 de março de 2016
quarta-feira, 23 de março de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
sexta-feira, 18 de março de 2016
quarta-feira, 16 de março de 2016
segunda-feira, 14 de março de 2016
14 de Março - Dia Nacional da Poesia
Celebrando com o poetinha :)
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor
serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada
vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais
tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do
amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Poemou...Faz anos navego o incerto Caio Fernando Abreu
Faz anos navego o incerto
Faz anos navego o incerto.
Não há roteiros nem portos.
Os mares são de enganos
e o prévio medo dos rochedos
nos prende em falsas calmarias.
As ilhas no horizonte, miragens verdes.
Eu não queria nada além
de olhar estrelas
como quem nada sabe
para trocar palavras, quem sabe um toque
com o surdo camarote ao lado
mas tenho medo do navio fantasma
perdido em pontas sobre o tombadilho
dou a face e forma a vultos embaçados.
A lua cheia diminui a cada dia.
Não há respostas.
Queria só um amigo onde pudesse jogar o
coração
como uma âncora.
Poesias nunca publicadas de Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu é Dramaturgo,
romancista, cronista, contista e... poeta.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/poesia-caio-fernando-abreu.htm
sexta-feira, 11 de março de 2016
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