Qualquer palavra torna-se pequena para falar de Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz 1991. Nela vê-se o exercício de muitas virtudes: Coragem, renúncia, perseverança, paciência, equilíbrio, mais o exercício de cidadania tão esquecido nos dias atuais, isso para lembrarmos algumas qualidades da dama.
Que mulher é essa que se esquece de si para acolher o próximo? Que em silêncio vive a ausência familiar para sonhar a democracia a tantos outros?
Em 2010, encontrou o filho mais novo Kim Aris após 10 anos de distância e muitos vistos negados. Em 10 anos de saudade quanto seu coração buscou encontrar os corações amados? E pensar que tantos ainda vivem tempos duros de solidão, onde não podem dizer o que pensam nem abraçar os seus amores, enquanto outros vivem na polaridade da agressividade absoluta.
Quantos não percebem a oportunidade que passa, nem sabem o que estão a fazer pela vida. Vivem como se viver fosse uma banalidade, deixa o tempo escorrer como se fosse possível recuperar.
É bem verdade que mulheres como Aung San Suu Kyi são raras, mas são lições de vida. Mesmo que a “orquídea” não encontre unanimidade em sua busca de paz, vivenciando a dignidade do exemplo, pensamos que nem o amor é unânime (a exemplo de Jesus, que foi morto pelo ensino e prática da verdade).
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