quarta-feira, 31 de agosto de 2016
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Poemou... A Dança- Soneto XVII - Pablo Neruda - Cem Sonetos de Amor.
A Dança/ Soneto XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Pablo Neruda: A Dança/ Soneto XVII - Cem Sonetos de Amor.
sábado, 27 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
Poemou... O Silêncio Das Estrelas - Lenine
O Silêncio Das Estrelas - Lenine
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais
Afinal, feito estrelas que brilham em paz, em paz
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Poemou... Amor bastante - Paulo Leminski
Amor bastante
Quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante.
Paulo Leminski
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Poemou... Cântico VI:Cecília Meireles
Cântico VI
Tu tens um medo:
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles
(Poesia Completa, p. 124)
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