Talvez tenha morrido cedo demais e não tenha me dado conta.
Fui amargando, criticando, julgando e consequentemente ficando isolada.
Porém, com o tempo, percebi que estava com dificuldade de me fazer entender, qualquer coisa que eu dizia terminava por se transformar em polêmica no grupo de WhatsApp da família ou amigos.
Conclui que o mais sensato era silenciar e pasmem! Eu não sabia silenciar, as palavras pareciam ter vida própria e antes que as dominassem, elas eram ditas!
Como a psicóloga insistia em lembrar que não havia a opção desistir, fui instruída a fazer encontros para silenciar e... Quanto mais silenciava mais ouvia o diferente e a mim mesma!
Claro que inicialmente foi bem difícil e ainda é!
Mas fui aprendendo a respirar e ouvir o que era dito mais de uma vez, depois refletir sobre o que era dito e a minha interpretação do que ouvia, e sim fui ficando lenta para responder e consequentemente descobrindo em mim,
uma pessoa que nem em meus sonhos mais tumultuados imaginei existir.
Depois de aprender a silenciar, entrei na fase da culpa.
Me torturei e morri de remorso: Como tive coragem de dizer
tantas “verdades”? Como fui desrespeitosa com o momento do outro! Como me descobri indiferente ao diferente!
Todavia, saí da culpa, cansei de ter dó de mim e coloquei como lema algo que li no Instagram:
“falhei, está falhado e não se falha mais nisso!”
Não é verdade que não tenho falhado no mesmo, mas… diminui bastante…
E com o passar do tempo vou ressuscitando, deixando que cada um siga seu caminho como pode e sabe, e vou seguindo o meu, cada vez mais leve com o que aprendo diariamente com o que escuto fora e dentro de mim.
Possível making of do processo:
Terapia, constelação familiar, livros, filmes, e grupos.
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Sandra Cristina L. Miranda
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