Bem sei que nada tenho a dizer que possa transformar seu
silêncio em sorriso.
Agora estou obsoleta, não ofereço curiosidades, temporariamente
a tecnologia dos i me calou. No meu tempo saber datilografar era bem moderno e
quer saber? Eu arrasava! Muitas coisas mudaram desde então e estou cada vez
mais lenta, mas tenho encontrado meu ritmo sem muito desencanto. Pensando bem,
as mudanças além de me oferecer frio na barriga, me deixa muito curiosa! Quero
aprender tantas coisas e com certeza não terei tempo, mas ninguém pode me impedir
de sonhar meus sonhos. Porém quando a história é com você, parece que o chão se
abre e não sei por que dói tanto a sua distância. Ontem você era portátil dava
para carregar e hoje...
É estranho como o tempo passa rápido e nem nos damos conta: Outro
dia lembrei as poesias que fazíamos enquanto tentávamos nos empenhar para
estudar geografia, sempre havia janelas e cortinas que voavam... Tão diáfano!
É triste a ignorância que se tem quanto a fazer quem amamos
feliz. Por mais que queiramos não podemos nada para tal. É uma caminhada
assustadoramente solitária. Sempre há de existir “uma pedra no meio do
caminho”, mas só nós faremos disso uma música!
Não sei se devo dizer, mas meu coração também é mãe, mãe
ilegítima bem sei, todavia sinto que chego perto do abismo que qualquer uma
sente quando o filho se afasta.
Adivinho o que vai acontecer: você entrará na caverna, ficará
por um tempo, enfrentará dragões, provavelmente quebrará a espada na cabeça de
algum e sairá como se nem tivesse entrado e enquanto isso estiver acontecendo
estarei ouvindo histórias e velando, fazendo amizade interesseira com Deus, pedindo
que o faça feliz, é tudo o que posso fazer por agora, mas se você souber de
alguma outra coisa...
Seja feliz!
Com amor
Sandra Miranda
Vivo tentando quebrar a bendita espada nas cabeças dos benditos dragões, mas penso que talvez devesse existir alguma ONG de proteção aos dragões também. E me parece que o único que mereceria uma "espadada" na cabeça sou eu mesmo, por não aceitar ou não saber lidar com esses bichinhos que eu deveria tomar conta. Meto tudo numa jaula e vou andando.
ResponderExcluirNo fim, acabo fazendo as pessoas que eu amo sofrerem. E talvez pra nada... Sinto muito. Muito mesmo.
Apesar disso, o que fica em silêncio ainda ama todo mundo do mesmo jeito. Só coloca um aviso: "Desculpe o transtorno. Estamos em obras".
No mais, realmente espero que Deus esteja sempre por perto, tendo sido chamado ou não, porque existem momentos que sinto vergonha de ser um filho tão "qualquer coisa"... Mas acredito que esteja.
Te amo,
Tatá
Parabéns Sandra pelo belíssimo texto.
ResponderExcluirTe amo!
Nazidir