terça-feira, 20 de agosto de 2013

Saudade




Bem sei que nada tenho a dizer que possa transformar seu silêncio em sorriso.

Agora estou obsoleta, não ofereço curiosidades, temporariamente a tecnologia dos i me calou. No meu tempo saber datilografar era bem moderno e quer saber? Eu arrasava! Muitas coisas mudaram desde então e estou cada vez mais lenta, mas tenho encontrado meu ritmo sem muito desencanto. Pensando bem, as mudanças além de me oferecer frio na barriga, me deixa muito curiosa! Quero aprender tantas coisas e com certeza não terei tempo, mas ninguém pode me impedir de sonhar meus sonhos. Porém quando a história é com você, parece que o chão se abre e não sei por que dói tanto a sua distância. Ontem você era portátil dava para carregar e hoje...

É estranho como o tempo passa rápido e nem nos damos conta: Outro dia lembrei as poesias que fazíamos enquanto tentávamos nos empenhar para estudar geografia, sempre havia janelas e cortinas que voavam... Tão diáfano!

É triste a ignorância que se tem quanto a fazer quem amamos feliz. Por mais que queiramos não podemos nada para tal. É uma caminhada assustadoramente solitária. Sempre há de existir “uma pedra no meio do caminho”, mas só nós faremos disso uma música!

Não sei se devo dizer, mas meu coração também é mãe, mãe ilegítima bem sei, todavia sinto que chego perto do abismo que qualquer uma sente quando o filho se afasta.

Adivinho o que vai acontecer: você entrará na caverna, ficará por um tempo, enfrentará dragões, provavelmente quebrará a espada na cabeça de algum e sairá como se nem tivesse entrado e enquanto isso estiver acontecendo estarei ouvindo histórias e velando, fazendo amizade interesseira com Deus, pedindo que o faça feliz, é tudo o que posso fazer por agora, mas se você souber de alguma outra coisa...

Seja feliz!

Com amor

Sandra Miranda

2 comentários:

  1. Vivo tentando quebrar a bendita espada nas cabeças dos benditos dragões, mas penso que talvez devesse existir alguma ONG de proteção aos dragões também. E me parece que o único que mereceria uma "espadada" na cabeça sou eu mesmo, por não aceitar ou não saber lidar com esses bichinhos que eu deveria tomar conta. Meto tudo numa jaula e vou andando.
    No fim, acabo fazendo as pessoas que eu amo sofrerem. E talvez pra nada... Sinto muito. Muito mesmo.

    Apesar disso, o que fica em silêncio ainda ama todo mundo do mesmo jeito. Só coloca um aviso: "Desculpe o transtorno. Estamos em obras".

    No mais, realmente espero que Deus esteja sempre por perto, tendo sido chamado ou não, porque existem momentos que sinto vergonha de ser um filho tão "qualquer coisa"... Mas acredito que esteja.

    Te amo,
    Tatá

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  2. Parabéns Sandra pelo belíssimo texto.
    Te amo!
    Nazidir

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