Sem dúvida, esse é o
melhor encontro do mês: Esclarecimento e encorajamento mútuos renovam-nos.
Percebemos que a baixa autoestima, o desamor são portas que se
abrem para a raiva, o ressentimento e rancor e isso faz toda diferença,
pois a partir daí, entendemos que a realidade é dinâmica e pode ser desconstruída,
pode e deve ser ressignificada.
Portanto
quanto mais cedo descobrirmos que: “E o que penso sobre o que pensam a
meu respeito? Não penso. Dispenso.” Melhor!
Benjamin
Franklin disse que: ”Existem três coisas extremamente duras: aço, diamante e
conhecer a si mesmo”.
Penso que
se Conhecer é tarefa a ser realizada com delicadeza, ternura e tempo.
É
necessário mais que vontade para mergulhar nas próprias emoções, é imprescindível
mesmo coragem para se olhar respeitosamente e com carinho, observando o
positivo e negativo que nos habita.
Sem
reconhecer as mazelas descuidadas que trazemos, não há possibilidades de
transformações. Não mudo o que não conheço.
Entendo
que o nosso olhar deve ser doce e generoso para conosco, pois que muitas vezes
lamentamos o desamor alheio, sem olhar o própria desafeto que dedicamos a nós
mesmos, não preenchemos o abandono que
nos aflige e ficamos aguardando um
“milagre” para que a fome de amor cesse.
Como
solucionar uma questão sem dar a devida atenção?
Enquanto
olho para fora de mim, desejando coisas, momentos, sem caminhar na direção do que
verdadeiramente importa, ou seja, sem enxergar-me, tudo continuará do mesmo
modo. Alguém ditará as regras de minha vida, talvez sejam confortáveis por um
instante, mas é certo que a duração será temporária, pois que regras de uns não
funcionam tão bem para outros...
Numa
sociedade comandada pelo aparente, rápido e instantâneo, não se entende
processo.
Posso
passar uma vida distraída de mim, posso ficar esperando que alguém tão
desnutrido quanto eu me nutra, posso e tenho direito de me iludir o tempo que
eu quiser, mas uma coisa é certa, carinhos de plásticos não perduram, chega um
momento que se quererá mais do que continuar enganando-se.
Conhecer-se
pode fazer com que lágrimas rolem, mas essa dor ao ser acalentada e
compreendida irá sarar, por outro lado, se insistirmos em não sair da
superfície, viveremos com a incomoda sensação de que estará sempre faltando
algo, e essa ausência é a nossa essência.
Por mais
duro que seja o mergulho é libertador. Olhar para si como um ser merecedor de
respeito, de cuidado, de atenção nos leva a novas perspectivas.
Quando
iniciamos o processo de autoconhecimento deixamos de nos colocar nas mãos de
terceiros desatenciosos, porque aprendendo a estimar a nossa companhia buscamos
melhores parcerias e se por um tempo não encontrarmos, tudo bem! Alguém com
certeza estará muito triste, mesmo sem o saber, por não caminhar ao nosso lado.
Nós
entendemos que para construir um mundo amoroso, de paz, precisamos achar
primeiro o caminho de nosso coração.
Não
melhorarei enquanto não investigar o que me move, enquanto permitir-me ser
vitima de meu desleixo por mim.
Amadurecer
pode ser um processo encantador, mas requer vontade, perseverança.
Uma
caminhada de descobertas não é feita de olho no fácil ou rápido. A estrada é
longe e visitamos momentos diversos, escuros, sombrios, mas se continuarmos
veremos luz, pois que somos criados da poeira de estrelas.
Com
carinho
Sandra
Miranda