domingo, 28 de junho de 2015

Emoções - O melhor encontro de Junho/15





Sem dúvida, esse é o melhor encontro do mês: Esclarecimento e encorajamento mútuos renovam-nos.

Percebemos que a baixa autoestima, o desamor são portas que se abrem para a raiva, o ressentimento e rancor e isso faz toda diferença, pois a partir daí, entendemos que a realidade é dinâmica e pode ser desconstruída, pode e deve ser ressignificada.
Portanto quanto mais cedo descobrirmos que: “E o que penso sobre o que pensam a meu respeito? Não penso. Dispenso.” Melhor!
Benjamin Franklin disse que: ”Existem três coisas extremamente duras: aço, diamante e conhecer a si mesmo”.
Penso que se Conhecer é tarefa a ser realizada com delicadeza, ternura e tempo.
É necessário mais que vontade para mergulhar nas próprias emoções, é imprescindível mesmo coragem para se olhar respeitosamente e com carinho, observando o positivo e negativo que nos habita.
Sem reconhecer as mazelas descuidadas que trazemos, não há possibilidades de transformações. Não mudo o que não conheço.
Entendo que o nosso olhar deve ser doce e generoso para conosco, pois que muitas vezes lamentamos o desamor alheio, sem olhar o própria desafeto que dedicamos a nós mesmos,  não preenchemos o abandono que nos aflige e  ficamos aguardando um “milagre” para que a fome de amor cesse.
Como solucionar uma questão sem dar a devida atenção?
Enquanto olho para fora de mim, desejando coisas, momentos, sem caminhar na direção do que verdadeiramente importa, ou seja, sem enxergar-me, tudo continuará do mesmo modo. Alguém ditará as regras de minha vida, talvez sejam confortáveis por um instante, mas é certo que a duração será temporária, pois que regras de uns não funcionam tão bem para outros...
Numa sociedade comandada pelo aparente, rápido e instantâneo, não se entende processo.
Posso passar uma vida distraída de mim, posso ficar esperando que alguém tão desnutrido quanto eu me nutra, posso e tenho direito de me iludir o tempo que eu quiser, mas uma coisa é certa, carinhos de plásticos não perduram, chega um momento que se quererá mais do que continuar enganando-se.
Conhecer-se pode fazer com que lágrimas rolem, mas essa dor ao ser acalentada e compreendida irá sarar, por outro lado, se insistirmos em não sair da superfície, viveremos com a incomoda sensação de que estará sempre faltando algo, e essa ausência é a nossa essência.
Por mais duro que seja o mergulho é libertador. Olhar para si como um ser merecedor de respeito, de cuidado, de atenção nos leva a novas perspectivas.
Quando iniciamos o processo de autoconhecimento deixamos de nos colocar nas mãos de terceiros desatenciosos, porque aprendendo a estimar a nossa companhia buscamos melhores parcerias e se por um tempo não encontrarmos, tudo bem! Alguém com certeza estará muito triste, mesmo sem o saber, por não caminhar ao nosso lado.
Nós entendemos que para construir um mundo amoroso, de paz, precisamos achar primeiro o caminho de nosso coração.
Não melhorarei enquanto não investigar o que me move, enquanto permitir-me ser vitima de meu desleixo por mim.
Amadurecer pode ser um processo encantador, mas requer vontade, perseverança.
Uma caminhada de descobertas não é feita de olho no fácil ou rápido. A estrada é longe e visitamos momentos diversos, escuros, sombrios, mas se continuarmos veremos luz, pois que somos criados da poeira de estrelas.

Com carinho

Sandra Miranda

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