domingo, 18 de dezembro de 2011

Sobre a amizade


Por esses dias escutei o seguinte desabafo: “Descobri que minha melhor amiga me esqueceu, devido seu montante de trabalho, e muita correria, durante quase toda quinzena, sempre que me telefonava, falava de si sem parar e não me ouvia, a cada ligação sua, sabia que ela lançaria seus problemas e depois desligaria achando-me estranha, pois que desisti de partilhar meus problemas, já que os dela me pareceram mais urgentes e inadiáveis. Mas, perdi a paciência quando ela discorreu sobre meu egoísmo, quando combinamos almoçar na quarta-feira às 13hs, o que para mim já significava um sacrifício, pois almoço cedo, e ao ligar às 13h15min, ela só ficaria livre às 14hs, desisti do almoço por falta de tempo e ela depois me disse que ficou livre às 20hs. Então ela ficou de passar em casa no outro dia e no outro e no outro, quando ela me cobrou atenção, pois que vai viajar, e eu também, mas ela nem pode me ouvir, eu disse que o tempo livre que eu tinha para a ouvir era justamente o de quarta-feira as 13hs, aí ela me gritou que não era um de meus clientes! Mas então porque se comporta como se? Entristeci-me, pois ao contrário dela, os clientes não me deixem esperando tanto tempo, eles já entendem o significado de limite, o que ela talvez não...”
Após a fala, a jovem mostrou-me uma carta de Florbela (amiga) que dizia o seguinte: “... estas últimas semanas estão sendo difíceis para mim, tenho certeza que são tempos de testemunhos e espero que entendas quando não tive oportunidade de te escutar (quando tu escutas tanta gente!)...”
A jovem em questão é paga para ouvir e Florbela queria ser ouvida, mas esqueceu que do outro lado do telefone também havia um ser que precisava ser ouvido e que seu papel para com ela, era de amizade. A persona de profissional não vigorava na relação que as unia.
Todos os dias são assim... Olhamos e não vemos, o mundo está diante de nós e não podemos perceber, nos confundimos e por isso confundimos o outro. Queremos o que não damos e ficamos sem entender o que acontece. Mas a amizade é como uma oração, quantas orações são feitas sem que o coração participe das mesmas? Quantos rezam por desespero e não por amor e ficam sem entender porque não são beneficiados. Mas basta que se eleve o sentimento para que haja benesses. Para olharmos para fora com consciência, precisamos conhecer-nos e conhecer-se é tarefa diuturna, vai acontecendo com a vida.
Em algum momento podemos ser Florbela exigimos o que não damos como também podemos ser a jovem damos quando queremos e/ou precisamos receber.
Quando nos afastamos de nós, não deixamos de ver apenas nós mesmos, deixamos também de ver o outro. Quando deixamos de nos importar conosco por certo também não conseguimos nos importar com o próximo. É Por isso que a amizade é tão nobre e importante, porque quando olhamos profundamente nos olhos do amigo é a nós mesmos que vemos.
Que possamos dar e receber, mas, sobretudo repartir para que os dias não continuem solitários, mas solidários e que as distâncias entre ouvidos e bocas diminuam para que corações possam realmente se aproximar.

Carinhosamente,
Sandra Miranda

sábado, 3 de dezembro de 2011

JÁ É NATAL?


Ainda é verdade que com carinho e boa vontade muita coisa pode ser evitada e/ou resolvida, porém embora estejamos nos preparando para o Natal, parece-me que não entendemos muito bem o que isso significa. Estamos tão preocupados com roupas, presentes, reveillon que esquecemos que preparar-se para o Natal pode simplesmente querer dizer abrir-se para receber simbolicamente Jesus, o que vai além de coisas materiais. Complicou? Talvez, pois somos ótimos tecnicamente, mas quando se fala em espiritualizar, aiai quanta dificuldade!!! Não fomos ensinados que somos divinos por sermos filhos do Divino, mas fomos estimulados a prosperar financeiramente, e isso é maravilhoso, mas não é tudo! Quantas pessoas vocês conhecem que estão bem financeiramente e estão infelizes? Por favor, não estou dizendo que não ter é garantia de ficar bem, não é isso, porque é bom ter, é bom prosperar, mas dinheiro não proporciona amor, embora favoreça encontros. Dinheiro não proporciona amigos, embora favoreça novos conhecimentos que podem ou não evoluir para uma verdadeira amizade. Enfim, dinheiro é um instrumento que pode facilitar ou não, vai depender de quem o utilize. Há aqueles que usam o dinheiro para comprar consciências frágeis, já outros o utilizam para educar consciências. O que estou querendo dizer é que comprar presentes e comer (como se fosse morrer no dia seguinte) não significa preparar-se para o Natal. Entendo que preparar-se para o Natal é mais ou menos o seguinte: retroceder, revisitar o ano e se perguntar: Fui o melhor que pude? Fiz tudo o que sou capaz de fazer? Ou foi mais um ano em que preparei listas intermináveis para esquecer num canto qualquer? Em outras palavras: Qual foi a minha ligação com Jesus? Ele foi o meu modelo? Ou quiçá, eu quis segui-lO?
É Difícil? Também acho desafiador seguir Jesus, essa história de perdoar 70 vezes 7 quando é muito mais fácil não perdoar e ter um câncer? Como assim amar o próximo como a si mesmo, se nem me amo ainda, pois ainda confundo estética com amor? Como amar o outro, se a estima anda em baixa? Como amar se confundo o marido, a esposa com o pai, a mãe? E quero que o marido, a esposa me oferte o que o pai, a mãe não pôde, não soube ou não quis me ofertar? É desafiador seguir o Filho do Homem que há 2011 anos já sabia fazer coisas que até hoje não aprendemos!
Vivemos a síndrome do pavio curto, do comigo é assim, quem quiser que me aceite como sou e por aí vai as nossas mazelas! Queremos o sétimo céu, mas nada fazemos ou fizemos para merecê-lo. Somos ainda crianças rebeldes, exigindo o que não estamos preparados para receber.
Afinal quem somos? E o que realmente merecemos?
Então para que possamos refletir nesse corre-corre Natalino deixo para todos um dito de Jesus que está em Mt 9:13 “Misericórdia quero e não oferenda”, mas se seu coração já é misericordioso, nada mais bonito o movimento de doar àqueles que precisam mais que você uma cesta básica, uma roupa, um cobertor que ainda não podem comprar.
Meus queridos todo dia é Natal, pois todos os dias somos divinos e filhos do Divino, todos os dias é dia de honrar o “amor não amado”. Que possamos refletir o caminho que faz o nosso coração.

Agradeço a caminhada que fizemos juntos em 2011, desejo que o Natal seja do aniversariante e que 2012 sejamos reflexos Dele.

ObS: Esta Mensagem também se encontra no blog psicologando do tudoglobal.com

Com carinho,
Sandra Miranda

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

FAÇA!




Recordo que um tempo atrás conversando com um jovem amigo de apenas um ano ou dois a minha frente (estou com 51 anos) dizer: “tem que acontecer alguma coisa diferente na minha vida” e naturalmente respondi o que me respondo quando quero uma solução mágica: Faça! Por favor, faça algo acontecer, pois esta é a sua vida! Quem você espera que faça algo acontecer na sua vida além de você?

Essa é à base da maioria de nossos problemas! Esperamos que alguém nos salve, afirmamos que não, que não acreditamos em salvadores, mas vivemos como se acreditássemos, pois que esperamos um herói surgir; dizemos que temos fé, mas quando algo imprevisto acontece a fé desaparece automaticamente pois que deus não fez o que deveria fazer, é isso mesmo, deus com d minúsculo, pois que esse tipo de deus que queremos no nosso dia-a-dia tem que ser com d minúsculo, pois é apenas um servente: dizemos faça e ele tem que fazer! Somos ingênuos e ao mesmo tempo cruéis! Sabemos exatamente o que o outro deve fazer, usar, dizer... Mas quando se trata de nós não temos idéia, para onde vai o nosso conhecimento quando se trata de nós mesmos? Por que as fórmulas mágicas que são receitadas aos outros não funciona para quem as receita? Parece-me que só aprendemos com a mente enquanto que o sentimento não participa da elaboração e vamos ficando enrijecidos, difíceis de conviver, pois sabemos tudo (para fora) e não aplicamos nada (para dentro). Afinal o que realmente queremos quando buscamos contato?

Agora queremos ser da moda, amanhã estamos fora da moda, depois imaginamos criar outra moda. Porém percebo que nosso profundo desejo ainda é de pertencer.
Costumo conversar com um jovem de 17 anos (perceberam que gosto de conversar com jovens?) que quer voltar para os Estados Unidos porque lá ele conheceu o pertencimento, fazia parte de um grupo, onde pessoas o viam, perguntavam como ele estava, e a família (biológica) dele ainda não aprendeu a perguntar. Queremos uma família que nos veja, goste de nós, nos abrace, nos acolha, nos mime, nos motive algumas vezes e nos deixe em paz e muitas vezes a família existe e faz tudo isso, mas na ordem própria que para nós é a ordem inversa e ficamos ruminando a pergunta: Por que comigo? Porque tenho esse pai, mãe, irmão marido e quando não é família, é amigo, é vizinho... Não suportamos o inesperado!!! Queremos tudo ensaiado, sem imprevistos, se quero tudo igual, estou aprendendo o quê?

Outro dia uma jovem bateu a porta da sala para retornar meses depois, porque queria que EU resolvesse o problema dela, como assim? Resolvo os meus e nem sempre, pois sempre tenho um problema na agulha para que a vida fique movimentada!!!
Quero dizer, por favor, FAÇA! Honre a possibilidade que recebe a cada manhã de tornar seu dia especial. Se você vê, se você escuta, se você fala, se você se movimenta, se você pensa, pode colaborar com pelo menos a melhoria de uma vida: a sua!

E para que você não ache que perdi a poesia: “Se sua vida cotidiana lhe parece pobre, não a acuse, acuse a você mesmo, diga a você mesmo que você não é poeta o bastante para convocar as riquezas do seu dia-a-dia, uma vez que para o Criador não há pobreza, nem pobre, nem lugar sem importância.” (Rainier Maria Rilke)

Seja feliz!

Sandra Miranda

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

RECLAMAÇÃO



Você também é mais um que RECLAMA?
Já pensou na possibilidade de modificar essa situação?
Somos nós que votamos! Nós pagamos o salário dos parlamentares! e FICAMOS A RECLAMAR como se um super herói visse de algum lugar nos salvar?
Será que esse posicionamento não é muito cômodo? Aqui de onde estou atiro pedra e acho que estou fazendo a minha parte!?
Precisamos aprender, necessitamos entender o que esses parlamentares fazem e se fazem. Creio que eles estão aí porque não sabem para onde ir, porque não dizemos para onde eles devem ir, por isso vão ficando... Eles não sabem o que fazer, nós também não, por isso não cobramos, no máximo reclamamos... Fazemos a nossa catarse e seguimos, achando que estamos despertos e continuamos dormindo. Que vida é essa?
Lembramos que no dia 03/10 é o dia internacional da não violência, uma referencia a Gandhi que faria 142 anos. Gandhi já foi para o andar de cima, os ensinamentos dele, estão aí! Para quem seguir?
Nesse mesmo dia lembrado o aniversário de Allan Kardec nos desvendou o véu sobre a imortalidade da alma, ontem dia 04/10 lembramos São Francisco de Assis...
Rodeamos-nos de coisas bonitas e não sabemos o que fazer com elas!
Qual é a nossa parte? Quando alguma coisa acontece que não gostamos a culpa é sempre do outro!
É sempre assim a vida do outro é sempre muito fácil!!! Difícil mesmo é a minha que sou fiscal da vida alheia!
Por esses dias conversando com uma jovem que muito admiro e ouvindo a sua preocupação de ser uma pessoa melhor, cheguei a conclusão que ela já é tão melhor que nem se dá conta de como tem colaborado com a paz no mundo: quando na sala de aula trata os alunos com respeito e todos igualitariamente; quando na recepção atende diretor, professor e aluno como pessoas e não títulos, quando em casa fala com os familiares com respeito embora não concorde com todas as opiniões.
Se quisermos mudar esse quadro, precisamos mudar o nosso comportamento! Mas ainda se assiste programas como Faustão, big brother... Damos audiência para quem???
Quem está dando Ibope para a canção nova, quem está dando ibope para a TVcei é realmente um homem de bem? Não falo da aparência do homem de bem, não falo de ser cortês, polido, educado. Falo de consciência tranqüila, de respeito, de amar o próximo como a si mesmo em gestos, palavras e ações, ou pelo menos esforçar-se para fazê-lo.

Vocês podem pensar que estou rebelde hoje, mas estou triste. Domingo estava em casa estudando, quando ouvi um barulho que vinha da rua e que me feriu os ouvidos,me chamou muita atenção, fui até a sacada, vi pessoas ajuntando e tenho por hábito não fazer número, pensei no que eu poderia realmente fazer e quando sei ou não sei o que fazer: Converso com Deus, talvez tentando convencê-lO de nossa estupidez, mas também de nossa esperança,assim o fiz e voltei a estudar. Hoje quando sai para caminhar me chamou atenção o rastro de sangue num trecho muito grande da rua paralela, fiquei triste, novas conversas com o Pai, mas na volta, fiz algo que nunca fiz, perguntei na portaria se sabiam o que tinha acontecido no Domingo a noite. Resumo : De um carro saiu alguém e deu 2 tiros num casal de moradores de rua. Aquele rastro de sangue possivelmente era do casal ferido. O que aconteceu com o casal?

História de violência repetem-se diuturnamente. Da violência familiar brota a violência social. Qual é o nosso papel? Reclamar???
Amigos fazemos o nosso melhor? nos posicionamos quanto ao desrespeito? covardia?
Honramos a nossa inteligência? Ao nosso coração?
Eu posso fazer o mundo melhor! Você pode fazer o mundo ficar melhor!
Por favor levante-se e pare de reclamar!

“Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” SãoFrancisco de Assis


Carinhosamente,
Sandra Miranda

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Considerações sobre o amor


Parece-me que há uma confusão quanto ao significado do amor. Pessoas dizem amar e em nome desse amor aprisionam, como se fosse possível encarcerar quem se ama, quando amamos incentivamos o ser amado ser ele mesmo e transcender. Pessoas dizem amar e em nome desse amor tentam coibir a liberdade de pensamento, como se fosse possível aprisionar um pensamento, como se fosse lícito impedir quem quer que seja de pensar o que bem quer!
2011 pareceu-me tão promissor e, no entanto as máscaras continuam a disposição. Eu te amo se... Se você não sair com os seus amigos, se você não usar as roupas que não gosto, se você professar a mesma religião que professo. Eu te amo se... Não é nem pode ser amor, posto que amor não é um mercado onde se troca bugigangas.
2011 e a intolerância campeia as consciências e corações. Continuamos dormindo como milênios anos atrás. Falamos de amor e o medimos com a nossa régua, como se fossemos capazes de dimensionar o que ainda pelejamos para sentir.
Sinto tanto não conhecer as palavras corretas para dizer que o amor não dá as mãos à intolerância. Em nome do amor pintam-se quadros tristes, mesquinhos e inumamos, até quando?
Diga-me, qual é o seu papel na formação de um mundo melhor? Achar que o certo é que você pensa? Que o melhor é o que você usa? Que amor é o que você sente?
Meu caro amigo (a), amor não ameaça, não corrompe, não impõe, e eu não sei escrever nada melhor do que já foi dito por Paulo em sua primeira epístola aos coríntios, por isso dedico a todos o melhor conceito de amor que conheço e que acredito que se pelo menos tentássemos nortear o nosso amor pelo dele, com certeza o mundo já seria melhor.
Abaixo segue trecho da 1ª epístola aos Coríntios:

"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, nada serei.
E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso se aproveitará.
O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba. Mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará. Porque em parte conhecemos e em parte profetizamos. Quando, porém vier o que é perfeito, o que então é em parte, será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como um menino sentia como menino. Quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.
Porque agora vemos como um espelho, obscuramente, e então veremos face a face; agora conheço em parte, e então conhecerei como sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor. Estes três. Porém o maior deles é o Amor".


Com o mais profundo desejo de que você seja feliz,
Com muito carinho,
Sandra Cristina L. Miranda

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Com gratidão





Quando jovem tinha muitas esperanças... Estava sempre esperando que algo acontecesse, ou seja, colocava meu poder de ação, de realização fora de mim, claro que hoje sei que isso é o mais fácil a fazer, mas na época.. ai ai como achava tudo tão difícil!!! Aos poucos sem nem me dar conta (conscientemente), fui percebendo que as esperanças cultivadas realizam-se diuturnamente através da família, dos amigos, do trabalho, mas principalmente e inquestionavelmente através da doutrina que professo.

Ousar caminhar com Jesus não é tarefa fácil, é contar 490 + 490+ 490 e continuar contando, mas há alegrias infindas! Por vezes, sinto-me banhar de gratidão ao ouvir pessoas que admiro profundamente, por me permitir compreensões que nem de longe (muito longe mesmo!) conseguiria fazendo a carreira solo.

Carinhosamente hoje quero agradecer a possibilidade que me foi dada por Kardec quando um dia ele quis verificar o que ocorria por trás das mesas que giravam. Quero agradecer a Di (quanta audácia!!!) pela possibilidade de Joanna de Angelis

(quanta sabedoria e singeleza neste ser!), quero agradecer a tio Nilson por fortalecer a caminhada de Di; quero agradecer a Alberto Almeida pela fala poética que favorece o autoconhecimento com meiguice; agradecer, agradecer e agradecer a Haroldo Dutra por abrir em mim a senda que levou a Emmanuel, parece uma contradição, pois Chico trouxe Emmanuel, mas na minha ignorância só pude percebê-lo através do coração de Dias...


Quando olho para trás vejo tantas pessoas que me possibilitaram o momento que vivo hoje... Pensei e repensei: começo com o Evoluir? Com Silvana Negro, que também me possibilitou Del Mar Franco? ou por Geobertine? ou por dr. Abelardo? Ou, ou... Percebo que a gratidão não tem começo nem fim. É uma senda iluminada que bifurca por várias e várias outras veredas de estrelas. Quanto mais penso em gratidão mais meu coração tem lembranças e mais me enterneço porque caminhei, caminho e caminharei sempre com pessoas muito especiais, mesmo que só as siga pela voz, pela escrita, pela ação que me chega como uma luz que me sugere novas mudanças... Mas é importantíssimo dizer que cada pessoa que me possibilita sua história, que me dedica com confiança, desconfiança, medo, vontade, tristeza, sua vida faz e exige de mim um ser melhor e com certeza é a fé de cada uma delas que indubitavelmente move a minha fé a manter-se sempre acesa.



Nesse dia chuvoso e tão especial, gostaria muito de ter escrito em letras poéticas, numinosas o quanto eu agradeço e agradeço e agradeço a vida pela caminhada que me fortalece o encontro gratificante com meus conhecidos e desconhecido irmãos tanto como eu, filhos de Deus.



A todos que fazem (direta ou indiretamente) de meu dia esse canto carinhoso de gratidão,



Muito carinho sempre,

Sandra Miranda

domingo, 8 de maio de 2011

O que faço com o meu tempo?





O que faço com o meu tempo é de minha inteira responsabilidade! Eu escolho!!! Eu quem quero! É dentro do cenário interior que se desenrolam os dias melhores.


O que faço do meu tempo, como o utilizo, o que estou construindo ou desconstruindo, faz parte do que seleciono como importante para mim.


Quantas vezes paro e fico remoendo o passado? Como se não fosse eu mesma a pensar...? Quantas vezes pergunto, colocando-me na conta da responsabilidade do outro: " o que fizeram comigo?"? É bem verdade que quando criança não pude nem soube proteger-me das contradições de meu coração, do coração dos adultos que me cercaram... Mas hoje, hoje é comigo, posso transformar, refazer, recriar, refletir " no que fiz com o que fizeram comigo"?


Se faz necessário que busquemos dentro de nós o que queremos, o que elegemos como prioridade.Não podemos nos colocar a mercê de NINGUÉM para nos fazer felizes! O outro contribui com minha alegria, mas só eu posso conduzir minhas emoções conforme o que acredito, quero e sei.


Evoluir é facultativo, posso me esforçar ou não. Posso caminhar pela vida á toa, me deixando levar, mas posso perguntar-me, questionar sobre minhas intenções e contribuir com flores a cada dia, não em um dia especial porque a sociedade vende mais, mas porque todos os dias são especiais. Todos os dias guardam novas propostas de crescimento, reflexão... Todos os dias é dia das mães, dos pais, dos filhos, das pessoas, dos animais...


Todos os dias eu mereço ser feliz e você também!




Obs.: Foto do fotógrafo e jornalista científico Laurent Laveder.







Seja Feliz!
Com Carinho

Sandra Miranda

sábado, 23 de abril de 2011

Ani Zamba em Maceió





Ani Zamba é um ser muito especial, ouví-la requer abertura, simplicidade e coragem, digo coragem, pois que após escutá-la é imperioso o movimento de mudança.


Convido-o carinhosamente a conhecer e/ou rever Ani.


Conheça também o site: http://dipamkaramaceio.blogspot.com/

Com o desejo de que seja feliz!


Sandra Miranda




segunda-feira, 21 de março de 2011

Black Swan

Participamos Sábado dia 19/03/2011 da exibição do famigerado black swan com um público seleto de pessoas inteligentes que se propunha o trabalho vital da sombra.
Enquanto a película rodava, eu prestava muita atenção nas falas de algumas pessoas. “O que significa isso?” “noooosssssaaaa!” “ela matou?” “ela é doente?” “essa mãe, ninguém merece!!” “ela morreu?” “ ela roubou?” enquanto outros distraiam-se em cenas ditas picantes: “espere só para ver o que vai acontecer...”
É verdade não estamos onde nos propomos estar! Não sabemos acolher o processo enquanto ele vai acontecendo. Queremos chegar ao final, queremos ficar livres; parece-nos insuportável desfrutar integralmente da experiência.
Não acreditamos em nossas percepções, queremos que o outro nos diga o que estamos vendo. Queremos que o outro nos salve de nossos erros. A melhor parte da experiência nos aterroriza e pedimos ao outro para nos ajudar a evitar ser quem somos. E diante de tanto medo, vamos criando máscaras e nos esquecendo de nós!

E quem nos exige ser melhor do que somos? Fazer mais do que fazemos? Acertar o que não sabemos fazer? Será que quem pede que eu seja quem eu não sou, está me vendo? Por que será que dou ao outro tamanha permissão?
Por que será que enquanto o outro não me enxerga, eu também faço coro com ele não me respeitando? Por que autorizo minha invisibilidade?
Ou seja, não aceito e não quero que me tratem de qualquer jeito, no entanto, eu mesmo me destrato, faço de minha experiência uma piada, de meu medo uma brincadeira e nem me dou conta de que estou vivendo no automático.

É verdade que não posso mudar o que fizeram comigo no passado, mas posso resignificar a experiência. Se reconhecer que há em mim a princesa Odette, faz-se também imperioso identificar a princesa Odile que sou. Enquanto não identifico que erro, que falho, enveneno-me, saboto-me, fico ofertando a outros o direito de ser o verdugo de minha história, por minha culpa, minha máxima culpa! Cativo e cultivo quem me maltrata, pois é isso que o perfeccionista que vive em mim sabe fazer, disfarçar a falha, ao invés de observá-la e compreender o que ela ensina.
Assistir o cisne negro olhando cada personagem como uma parte de si, possibilita observar-se com atenção, pois se não sou de todo bem também não sou de todo mal. Apenas um ego a caminho do self!

A perfeição não nos cabe, destroça-nos. Nossa beleza vem da nossa humanidade, do respeitar nossos limites. É exatamente esse conceito que falta em nós para nós mesmos: respeito. Sofremos tanto com nossas deficiências e acreditamos tanto que não merecemos amor que nos tornamos nosso pior inimigo. Colocamos nas mãos alheias o que temos de mais precioso: nós mesmos! E iludimo-nos acreditando que lá fora nos darão o que nós não nos damos. Ninguém fará a nossa lição com a graça que fazemos. O que faz de nossa caminhada especial é o prazer da experiência. Saber e sentir que o erro que cometemos antes não cometeríamos hoje e que a experiência nos proporciona outras possibilidades faz de nossa caminhada única! Pense nisso!


Seja feliz,

Sandra Miranda

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Primeira viagem: Desapego

Vez por outra, abrimos os portais da consciência e permitimos que desabroche as mais intensas perguntas: Quem sou eu? Qual o sentido de minha vida? Para onde estou caminhando? Faço a diferença onde vivo e com quem compartilho minha existência? Vou ou fico?

Semana passada, conversando com uma jovem que trabalha comigo, ela disse-me: "na verdade, não sei se o que realmente quero é seguir a carreira de advogada. O que sei é que estou insatisfeita, sem sentir-me no meu lugar... Estudo para concurso e penso: se passo tenho que largar tudo: família, namorado, amigos, a minha casinha, minhas conquistas..."

Enquanto ela expressava sua dor por não saber como melhorar a qualidade de vida e ao mesmo tempo permanecer no convívio das pessoas queridas, desfrutando das conquistas realizadas, fui me dando conta que a história dela vive no coração da maioria de nós. Quero crescer, voar! Mas também quero permanecer onde estou, sem arriscar-me ao vôo, temendo a queda, se é que ela vai acontecer! Quero crescer, mas temo ousar e atualizar quem sou! Quero crescer, mas a criança que há em mim, ainda espera o mágico (que algo aconteça, enquanto vou ficando por aqui, neste mesmo lugar). Quero crescer, mas o apego me acorrenta aonde estou e me confundo entre ir e ficar.

A beleza da vida é justamente este vôo, pois só ele, permite descobrir o nosso potencial realizador e aí sim, iniciamos a percepção das respostas que buscamos. Sou essencialmente ilimitado, mas tenho medo e esse medo provoca o desconforto que exige de mim, o esforço para ultrapassá-lo e realizar minha transcendência.

Queremos ir, mas queremos ficar! A dualidade grita dentro de nós! É o eterno ser ou não ser? Quem ganha a batalha interior? O medo ou o herói? Tenho percebido que é o medo que faz o herói em sua jornada busca novos medos para autorealizar-se. Mais cedo ou mais tarde, vencemos sempre! Pois somos criados do pó das estrelas, nascemos para a realização, para nos plenificar enquanto self, nossa identidade essencial.

Uma semana de muitos vôos para você!

Que possamos ser felizes,

Carinho,
Sandra Miranda

Psicologar para que?


A ideia mãe de Psicologar é o autoconhecimento. Papear sobre temas que levem ao desenvolvimento interior, que estimulem a pensar enquanto self e transcenda o ego sedento de reconhecimento e atenções indevidas.

Psicologar é o ensaio crescente de melhoria na semeadura material, mental, emocional e espiritual. É a reflexão inicial do quem sou? qual meu sentido de vida? Qual o tipo de energia que mobilizo? como participo da paz no mundo?

Psicologar é uma viagem sem fim na busca da sabedoria que nos cabe. É um convite para caminharmos além do acordar....blábláblá e ir dormir. É o desejo de evoluir cotidianamente, interminavelmente, carinhosamente, até onde pudermos chegar.

Na intensão do exercício constante do amor apresento mais um pouquinho do que vou aprendendo.


Que possamos realizar nosso potencial!

carinho sempre,

Sandra Miranda

EM QUEM OU O QUE VOCÊ ESTÁ ANCORADA?

Em quem ou o que você está ancorada? Algumas pessoas colocam sua confiança fora de si mesmas, terceirizam seu próprio poder e aguardam que a...